Fundada durante o séc. I d. C. pelo imperador Augusto e situada no itinerário que ligava Olisipo e Bracara Augusta, desconhece-se, por enquanto, o verdadeiro estatuto político-administrativo de Seilium, embora a multiplicidade de testemunhos epigráficos e escultóricos denunciem a sua evidente relevância. A cidade ver-se-ia, no entanto, abandonada na segunda metade do século V, quando das invasões bárbaras.
Não obstante o facto de as áreas escavadas apresentarem-se bastante mais fragmentadas do que a realidade outrora existente, as investigações realizadas até ao momento permitiram concluir que o Forum localizar-se-ia no cruzamento das duas grandes artérias principais que caracterizavam todo o traçado urbanístico romano. Referimo-nos, em concreto, ao Cardo Maximus, orientado no sentido norte-sul, e ao Decumanus Maximus, no sentido este-oeste.
O acesso ao Forum fazia-se através de galerias porticadas, que rasgavam no sentido oeste-este a Basílica e a Praça. Para além das fundações destes dois últimos elementos cívicos, chegaram também aos nossos dias vestígios dos alicerces da Cúria e das tabernae.
De planta rectangular, a Basílica ocupava o lado Sul da Praça, sendo ainda visíveis cinco das oito primitivas colunas do pórtico interno e resquícios da antiga tribuna. Do lado poente desta estrutura encontrar-se-ia uma Curia e um Comitium. Quanto às tabernae, elas agrupar-se-iam no lado Oeste da Praça, para a qual abriam.
O Fórum, faz hoje precisamente 14 anos desde que é Classificado como Imóvel de Interesse Público. Infelizmente não é tratado como tal.
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