terça-feira, 27 de outubro de 2015

Fauna de Tomar

Rã-verde (Pelophylax perez)
Foto: Luís Ribeiro
partilhada no grupo
Tomar, pela sua localização, pelo seu ecossistema, e muitas outras razões, possui uma rica biodiversidade em todo o seu concelho.

Para quem gosta de animais e da "vida selvagem", foi criado muito recentemente um grupo sobre a Fauna de Tomar, onde todos podem participar, mas que terão que seguir algumas regras. Neste grupo, o principal intuito é dar a conhecer a beleza da vasta fauna tomarense e mais para a frente os seus hábitos. 

Para aceder ao grupo basta aceder a Fauna de Tomar e solicitar adesão.





O Esquilo vermelho em Tomar

Extinto em Portugal desde o século XVI, voltou a colonizar o norte do país a partir de populações espanholas. Foram tentadas algumas introduções no centro do país na década de 90, existindo actualmente uma população um pouco por todo o país, onde Tomar não é excepção e que tem vindo a aumentar e a distribuir-se por várias freguesias.

O Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) já foi avistado na Mata dos Sete Montes (União de freguesias de Tomar), freguesia de Carregueiros, na União de Freguesias Serra/Junceira, União de freguesias de Madalena/Beselga e União de freguesias Além da Ribeira/Pedreira. Estes "encontros" com este pequeno mamífero que é o único roedor arborícola com hábitos diurnos na nossa fauna foram todos no decorrer do ano de 2015.

 Este esquilo possui uma agilidade incrível, que lhe permite dar grandes saltos nas copas das árvores, e a sua cauda felpuda torna-o inconfundível. Trata-se de um mamífero de pequeno porte, da ordem Rodentia e da família Sciuridae. O comprimento do corpo é de 18-24 cm e a cauda mede cerca de 17 cm. Os juvenis pesam 100-150 g, podendo os adultos atingir as 450 g.

Esta espécie tem uma dieta generalista, essencialmente baseada em matéria vegetal. Os seus alimentos preferidos são as sementes de coníferas e caducifólias. Quando estas escasseiam, consomem cogumelos e outros fungos, raízes e flores, insectos, minhocas e ovos retirados do ninho de aves. As cascas de certas árvores fornecem-lhes um suplemento de minerais. Têm o hábito de armazenar alimentos, escondendo-os em buracos nas árvores ou, mais frequentemente, enterrando-os no solo. Um sentido olfactivo desenvolvido permite-lhes recuperar posteriormente os alimentos, que conseguem detectar até 30 cm de profundidade.

A espécie está incluída no Anexo III da Convenção de Berna. Em Portugal tem o estatuto de Rara.


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