Exposição de fotografia mostra Tomar em meados do século XX pela objectiva de António Passaporte. A barragem do Castelo do Bode, o Colégio Nuno Álvares ou as comemorações dos 800 anos da fundação são alguns temas em destaque. Não falta, naturalmente, um núcleo dedicado à Festa dos Tabuleiros.
A curiosidade sobre o passado é algo que sempre moveu o homem. Com o aparecimento da fotografia foi como se pudéssemos recuperar mais facilmente os momentos que o tempo engoliu.
Existe um espólio riquíssimo que permite um olhar sobre Tomar nos séculos XIX e XX, devidamente guardado e tratado no Arquivo Fotográfico Silva Magalhães, pertença da autarquia tomarense com o apoio especializado do Instituto Politécnico local. Dois fotógrafos contribuem de forma especial para esse espólio: o patrono, António da Silva Magalhães, pioneiro desta arte em Tomar, e António Passaporte que, não sendo tomarense, aqui recolheu, em meados do século passado, um imenso registo da vida local.
É esse mesmo registo que vamos poder ver a partir da Festa dos Tabuleiros, mas prolongando-se depois ao longo do Verão, em três pontos do centro histórico da cidade: a Casa dos Cubos, a galeria do Centro de Arte e Imagem do Instituto Politécnico (junto à rotunda, na Avenida Cândido Madureira) e a Casa Vieira Guimarães. Chama-se “Num dia… muitos dias…” e vai com certeza deslumbrar muita gente.
O fotógrafo António Passaporte
O seu nome indicia viagens e, como é timbre dos fotógrafos, viajava para captar o mundo. Tomar, felizmente, foi um dos pontos do seu périplo e é precisamente de António Passaporte que vamos poder ver, de 2 de Julho a 9 de Outubro, coincidindo a abertura com o início da Festa dos Tabuleiros, a exposição “Num dia… muitos dias…”
Dada a sua dimensão, esta mostra será distribuída por três locais: na Casa dos Cubos estarão disponíveis fotografias do Colégio Nuno Álvares, Barragem de Castelo do Bode e Piscinas Municipais Vasco Jacob; na Casa Vieira Guimarães, a Festa dos Tabuleiros; e no Centro de Arte e Imagem, Galeria do IPT, na Av. Cândido Madureira, o autor, a cidade de Tomar, as vistas e os monumentos, bem como as comemorações dos 800 anos da fundação, em 1960.
Nascido em 1901 e falecido em 1983, Passaporte foi responsável por uma vasta recolha e edição documental de um país, ainda por muitos, desconhecido. Dotado de espírito aventureiro, António Passaporte, teve uma vida cheia de histórias e peripécias. A infância em Angola, a ida para Espanha e a participação na Guerra Civil Espanhola, figurarão na exposição que estará patente em três edifícios de importante significado patrimonial nesta cidade. Esta mostra, organizada em cinco núcleos temáticos, pretende transportar o espectador numa interessante viagem no espaço e no tempo e que afinal é um roteiro fotográfico de cunho documental, situado essencialmente em Tomar, entre os anos de 1950 e de 1960.
A cidade, as ruas, os recantos, os monumentos, o rio e os jardins, a reportagem da construção da Barragem de Castelo do Bode, as grandiosas festas do Colégio Nun’Alvares e todo o seu ambiente académico, as monumentais comemorações dos 800 anos de Tomar e a Festa dos Tabuleiros, serão alguns dos temas que poderão ser vistos nesta mostra.
Esta exposição resulta de uma parceria entre o Instituto Politécnico de Tomar e a Câmara Municipal de Tomar, no enquadramento de protocolo de cooperação em vigor e está integrada no programa oficial da Festa dos Tabuleiros de 2011.
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