A veterinária municipal que detectou, no passado dia 13 de Fevereiro de 2009, no Mercado Municipal de Tomar, por parte de três vendedores a venda de carapaus com medida inferior supostamente ao permitido por lei, e que, posteriormente procedeu à apreensão de 23,530 kg, que foram encaminhados para instituições de solidariedade social, afinal estavam dentro da legalidade.Face à informação por parte do Comando da Polícia Marítima da Nazaré, remetido à autarquia em 05-03-2009, com jurisdição na matéria, de que o regulamento (CE) n.º 43/2009, de 16.01.2009, publicado no Jornal Oficial da União Europeia, que é permitido a Portugal proceder à transacção e consumo de carapau com as medidas inferiores ao referido na portaria atrás citada, no total de 5% das quotas de pesca nacional, e não havendo informação de que esse montante foi já atingido, a apreensão daquele peixe, não devia ter sido efectuada”.
Luís:
ResponderEliminarNos meus tempos de Tomar, esses carapauzinhos, conhecidos por "Jaquinzinhos", eram vendidos ao quarteirão (25). Nesse tempo, não havia ASAE. Os peixinhos eram pequeninos, gostosos, fritinhos, frescos. A minha mãe era freguesa da D. Chica, esposa, salvo erro, do senhor Manuel da Luz, dos Riachos, grande amigo do meu pai.
Aquela praça era uma festa de cores, de cheiros, de sons. Nunca me lembro de assistir a nenhuma peixeirada. Todos eram amigos, cada um tratava do seu negócio, cada um, tinha os seus fregueses certos. Nos dias de mercado, cá fora, havia fruta, ovos, galinhas.
Os vendedores, vindos dos arredores nas suas carroças ou burricos, abrigavam-se sob grandes guarda-chuvas, da chuva ou do sol.
Tudo era fresco e limpo. Não era precisa a ASAE, para nada. Havia confiança, uma coisa muito mais eficaz, que todas as ASAES de agora.
Apetece-me dizer como o outro: "Oh tempo volta para trás.
Saudades da Tomar antiga, sem buracos, sem piroseiras nas ruas, onde todos eram amigos e todos se conheciam.
E volto à minha frase preferida: "Capitão Oliveira, volte. Tomar precisa de si".
Beijo.