Conseguem as pequenas e médias cidades do interior de Portugal inverter a tendência de desertificação dos últimos anos? O desafio é hercúleo, mas não impossível se as autoridades locais criarem zonas urbanas inteligentes e tiverem uma atitude ativa na captação de investimentos que geram emprego qualificado. A banalização das tecnologias de informação e comunicação e as boas acessibilidades rodoviárias atualmente ao dispor das cidades portuguesas, fizeram com que a localização deixasse de ser uma questão crítica em quase todas as áreas de atividade.
Tomar e Fundão são dois exemplos de cidades do interior que estão a mostrar que é possível atrair investimentos geradores de bons empregos e estancar o êxodo dos jovens qualificados para o litoral e o estrangeiro. Tomar tem em marcha um projeto que visa tornar a cidade um hub de competências tecnológicas. Para o efeito, foi estabelecida uma parceria entre a câmara municipal, o Instituto Politécnico e a SoftInsa (empresa da IBM) para criar o Centro de Inovação Tecnológica de Tomar (CENIT). "Este centro terá uma intervenção decisiva no desenvolvimento da cidade e da região do Médio Tejo, contribuindo para a atração e retenção de jovens qualificados, criação de emprego e dinamização da economia regional", refere António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal.
Um ano depois de ter aberto as portas, o CENIT dá emprego a uma centena de colaboradores que trabalham para 40 clientes nacionais e internacionais da IBM. O recrutamento está a ser feito preferencialmente em recém-licenciados nas áreas de gestão e engenharia formados nos institutos politécnicos da região. Na prática, o centro tecnológico da cidade dos Templários já faz parte da rede internacional de centros de inovação da IBM, fornecendo serviços de suporte e soluções nas áreas de mobilidade e cidades inteligentes, que serão ensaiadas em Tomar e exportadas para outras cidades do mundo inteiro.
A ler na íntegra em: Expresso Online
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