quinta-feira, 8 de março de 2012

Grasnada de Rio – Especial Dia da Cidade

Grasnada (diálogo) entre dois ilustres patos tomarenses, Simões Pato (SP) e Costa Pato (CP), que esta semana conta com um convidado muito especial, D. Gualdim Pais (GP), primeiro Grão-Mestre da Ordem do Templo em Portugal e fundador de Tomar e seu Castelo.

SP – Bons olhos o vejam D. Gualdim Pais! É a primeira vez que o vejo por estas bandas!

GP – Salvé Pato! Reparo que o mundo está mais evoluído do que imaginava! Até patos já falam…Quanto à vossa observação, é verdade, nunca me viram por aqui. Primeiro porque quando fundei este local e este castelo, vós ainda não eram nascidos, e segundo, porque me tenho limitado a observar ali da Praça da República tudo o se passa serenamente, mas como até vós sabeis, a paciência tem limites e ver o que fundei a afundar-se leva-me a reagir e atacar tudo e todos os responsáveis. Esta minha saída deve-se a recrutar possíveis cavaleiros para comigo defender e enfrentar estes perigosos inimigos.

CP – É um prazer enorme ver o nosso “Mestre” no nosso humilde rio e uma grande alegria vê-lo tomar tal atitude! Grande Mestre, desde que foi colocado na Praça da República esteve sempre de costas voltadas para a Câmara, pode dizer-nos qual a razão?

GP – Primeiramente fui colocado nesta posição porque acreditava que todos me seguiriam, mas com o decorrer do tempo, fui-me apercebendo de traições, tramas e outras maldades por estar de costas. Houve uma época em que pensei virar-me e enfrentá-los de frente com minha espada, mas estava muito sozinho, nunca conseguiria vencer essa batalha. Então mantive-me assim, aguardando pela altura certa para atacar. Altura essa que começa hoje, comemorações da fundação de Tomar, precisamente há 852 anos atrás.
A comunidade de pombos tomarenses tem-me apoiado desde sempre, são os meus aliados, companheiros, informadores e conselheiros. Tudo o que se passava nas minhas costas, me era transmitido. Posso desde já garantir que a comunidade de pombos de Tomar são uns autênticos cavaleiros e estão prontos a atacar do ar, sei que não vai ser fácil, pois como vos disse, os inimigos são poderosíssimos.

SP – D. Gualdim, por mim e pelo camarada Costa alistávamo-nos já, mas como sabe teremos de conferenciar com toda a nossa comunidade de patos, no entanto estou crente que pode contar connosco.

CP – Grande Mestre! 852 anos se passaram após a fundação de Tomar, na sua opinião o que mudou?

GP – Muita coisa caro amigo, muita coisa! Os inimigos possuem armas muito mais mortíferas, não nos enfrentam frontalmente, preferindo atacar-nos pelas costas. A sua cobardia sem escrúpulos é fatal.

SP – Acredita que pode mudar Tomar?

GP – Claro que sim! Esta é uma guerra que poderá durar anos, mas nunca desistirei de lutar. Com os tomarenses, aqueles tomarenses que amam a sua terra, todos unidos, juntos venceremos e Tomar voltará finalmente a ser uma Terra próspera.

CP – Grande Mestre, é um dos meus ídolos, será uma grande honra lutar a seu a seu lado em prol da nossa Terra. Tudo farei para que a nossa comunidade o siga também.

SP – Eu idem caro Gualdim Pais! "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória"! Quac!

GP – Salvé Patos! Até breve!

CP – Grande Homem este Gualdim camarada Simões!

SP – Sem dúvida Costa!

Publicado no Jornal "Cidade de Tomar" edição nº 4005 de 9 Março 2012

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