A Câmara Municipal de Tomar foi forçada a desistir da 3ª fase das obras de Arranjos Exteriores e Arruamentos no Flecheiro e Mercado. A decisão foi tomada após a entidade que gere os fundos comunitários (MaisCentro) ter rejeitado a candidatura que tinha sido apresentada. Na base da decisão esteve a incapacidade do município em realojar as famílias de etnia cigana que há anos vivem no local. A obra estava orçada em 2,96 milhões de euros e a comparticipação era de 80 por cento, ou seja, 2,37 milhões, mas não poderia ser feita sem o espaço desocupado.
O facto de a autarquia ter que gastar cerca de 600 mil euros foi também argumentado pelo PSD para não proceder à adjudicação dos trabalhos, mas os vereadores da oposição (Independentes por Tomar e PS) não esquecem os alertas feitos sobre o assunto.
"No início deste mandato os vereadores Independentes por Tomar instaram várias vezes o Sr. Presidente da Câmara para que reformulasse a candidatura destinada a financiar os arranjos exteriores a arruamentos do Flecheiro e Mercado por forma a reafectar esse financiamento FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) para outros investimentos, nomeadamente no Mercado e na Várzea Grande. Tal posição tinha a ver com o facto de falta de decisão relativamente ao realojamento das famílias de etnia cigana do Flecheiro(...)" pode ler-se numa declaração sobre o assunto feita pelos Independentes na reunião de 15 de Dezembro em que foi confirmado não proceder à adjudicação da empreitada.
Os vereadores daquela força política, Pedro Marques e Graça Costa, lembram que voltaram a alertar para a situação a 2 de Agosto de 2010 quando foi deliberado abrir concurso público para a empreitada, embora tenham optado por se abster em vez de votarem contra, viabilizando a decisão. A aprovação foi feita com três votos a favor e três abstenções (as dos Independentes e a do único vereador do PS presente, Luís Ferreira).
Na reunião de Dezembro do ano passado, os vereadores socialistas José Becerra Vitorino e Luís Ferreira também criticaram o facto de não se ter tentado desviar o dinheiro para outras obras. "(...) deveria ter sido colocada por escrito ao gestor do programa MaisCentro a possibilidade, que sempre defendemos, de reafectar estes fundos a outras obras prioritárias, como por exemplo o Mercado Municipal".
In: Jornal "O Mirante"
São só artistas!......estamos entregues à bicharada............ ignorantes!
ResponderEliminar