Escolas primárias desactivadas ao abandono

Foi notícia, nalguns meios de comunicação social regional, que nove escolas desactivadas no âmbito do processo de reorganização da rede escolar serão cedidas pela Câmara Municipal de Santarém a diversas associações e entidades do concelho, com o objectivo de reaproveitar aqueles espaços, para fins culturais, recreativos, sociais e religiosos. Foi notícia também que a Câmara Municipal de Constância vai ceder as instalações das escolas desactivadas na freguesia de Santa Margarida da Coutada a algumas associações.

No meu ponto de vista, estas medidas são exemplares para Tomar e para o país que cada vez mais tem o seu património à mercê de ratos, vandalismo, etc,etc… A autarquia, sobre a questão das escolas desactivadas, infelizmente, nada comunica, nada faz e nada resolve, preferindo deixá-las ao abandono e a ruir como o exemplo da Ex-escola primária do Carril na imagem.

Tomar prefere tratar de assuntos mais sérios como fazer sessões de “circo” nas reuniões do que dinamizar e desenvolver o concelho; Tomar prefere brincar aos amuos, tipo: “agora amuo eu porque tiraste os bancos e depois amuas tu porque tirei a carrinha azul”; Tomar prefere ter a cidade permanentemente em obras para “inglês ver” do fazer obras realmente precisas, embora reconheça que também existam obras necessárias, mas esta questão bem analisada percebe-se a quantidade abismal de obras mal feitas; Tomar prefere dizer NÃO aos potenciais investidores, pois teme que a taxa de penhora (que diga-se somos líderes nacionais) diminua; Tomar faz tudo, mas não faz nada e maioritariamente o que faz, fá-lo incorrectamente e inadequadamente, já para não falar no atraso com que o faz, andando sempre muito atrás da cauda de todos os concelhos vizinhos.

Tomar está no caminho certo. Certo para se afundar no próprio poço que abriu.

É preciso fazer inversão de marcha, andar bem para trás e chegar ao cruzamento que nos meta então no bom caminho, que por este já vimos que foi só desperdiçar tempo, dinheiro e preocupações.

Publicado no jornal "Cidade de Tomar" edição nº3992 de 9 Dezembro de 2011