TOMAR, CIDADE SEM RUMO

Antes de mais gostava de esclarecer algumas coisas a respeito da minha pessoa. Eu não faço parte nem apoio qualquer grupo partidário. Eu apoio quem demonstra trabalho e quem faz algo por alguém.
O que irei dizer a seguir é a opinião de um cidadão comum, residente e natural da cidade de Tomar, ou seja a minha opinião.

No século XV Tomar assistiu ao pior momento de toda a sua História ao ser devastada pela Peste Negra.
Hoje, pleno século XXI, Tomar vive o pior momento da Era Moderna. É triste e vergonhoso, mas é a pura realidade da cidade de Tomar. Cidade que até foi a primeira a sê-lo no distrito de Santarém, mas que hoje se encontra muito atrás de concelhos pertencentes ao mesmo distrito. Tomar tem ficado para trás em todos os aspectos relacionados com a evolução.
Tomar não tem indústria, sobrevive principalmente do turismo, mas os dirigentes responsáveis não têm capacidade de desenvolver, de organizar uma base estrutural capaz de responder às exigências necessárias que a cidade necessita.
Desde a extinção do Parque de Campismo que se tem vindo a verificar uma redução de turistas, e aqueles que visitam a cidade são os que têm possibilidades financeiras mais elevadas, os outros só mesmo de passagem.

Inúmeros empresários têm tentado investir em Tomar, mas normalmente são ignorados pela mentalidade retrógrada em que Tomar vive. Com estas atitudes é normal haver reacções negativas na área empresarial com consequências gravíssimas.
Os dirigentes camarários não demonstram qualquer interesse ou sensibilidade para responder face aos problemas de desemprego que Tomar tem.

Muitas obras se têm feito na cidade, o que é um facto, obras essas que são para alterar outras anteriormente construídas, o que só revela falta de organização e competência. O caso da Ponte do Flecheiro, que é muito bem-vinda, é um caso destes, senão reparem a quantidade de pontes que ali existiram em tão poucos anos. Outro caso é o das lombas, pois estão constantemente para remodelação. No que respeita à estrada que liga Tomar ao Convento trata-se de uma autêntica atrocidade, existe o risco de derrocada o que poderá provocar uma catástrofe à zona envolvente. Com tantas obras ninguém é capaz de solucionar este grave problema.

O desporto em Tomar já viveu grandes momentos de alegria e euforia, hoje só não está uma nulidade devido a instituições privadas ou por muito esforço de alguns, o que é de louvar.
O Estádio foi totalmente demolido para ali se instalar um campo de futebol com relva sintética e meia dúzia de lugares sentados numa espécie de bancada pré-fabricada.
O Parque de Estacionamento era muito bem visto caso o Parque de Campismo não encerrasse, assim está entregue maioritariamente às moscas.
Ainda em relação ao desporto gostava de salientar o esforço dos dirigentes do S.C.Tomar, que apesar das suas dificuldades estão a conseguir um visível renascimento do clube e que têm tentado de uma maneira ou de outra satisfazer as expectativas dos adeptos e associados.

Tomar tem ainda o problema da habitação, o comércio de imóveis não consegue acompanhar a concorrência dos concelhos vizinhos, estes que têm vindo a crescer de ano para ano, enquanto Tomar tem assistido impávida sem nada fazer.
Tomar precisa urgentemente de uma remodelação estrutural e organizacional antes que o caos se instale por completo.