A equipa do arquitecto Chuva Gomes analisou a situação actual do conjunto industrial “arquitectonicamente singular”, situado entre o rio Nabão e um dos seus braços criados pela mão humana, a Levada. “O nosso propósito é evitar protagonismos formais despropositados, por forma a não destruir a unidade da imagem arquitectónica e ambiental do conjunto industrial da Levada”, refere o arquitecto.
Chuva Gomes propõe uma “cuidadosa recuperação” das antigas indústrias, que serão agora transformadas num complexo museológico. A intervenção respeita os três núcleos homogéneos edificados. O primeiro compreende os Lagares do Alcaide Mor, do Secretário, de Martim Telles e o Lagar Novo, antigo refeitório da Mendes Godinho. O Lagar da Cruz, que terá tido uma construção aproximada à das anteriores, embora cumpra hoje a função de estacionamento, será o núcleo central do futuro museu. Para as anteriores edificações prevê-se uma área administrativa e uma sala polivalente. A serralharia e a fundição serão espaços a musealizar.
Um segundo núcleo homogéneo integra a Central Eléctrica, a Central dos Franceses e o edifício que alberga o posto de transformação. A Central Eléctrica será espaço a musealizar, prevendo-se ainda para este núcleo uma sala de exposições temporárias e centro de documentação, bem como uma área técnica.Por fim, surge o núcleo que, na outra margem da levada, abarca o Moinho da Ordem, o Moinho “A Nabantina” e a Moagem “A Portuguesa.” Quer “A Nabantina”, quer “A Portuguesa” serão reabilitadas, transformando-se também num espaço museológico. Prevê-se ainda para esta parte do conjunto um Núcleo Interpretativo das Moagens.
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