Entre montes de livros e revistas "perdidos" num caixote, encontrei o Primeiro Boletim Informativo da Câmara Municipal de Tomar, editado em Março de 2000.Abri a primeira página e li o Editorial do ex-presidente António Paiva, que o conclui com uma crença. "Acreditamos que, desta forma, vamos ao encontro da esmagadora maioria dos Tomarenses, e damos um passo decisivo na concretização do nosso principal objectivo: responder aos anseios da população."
Passados oito anos os anseios da população cresceram e não obtiveram resposta.
Mas isto foi apenas um desabafo, pois eu continuei a ler o dito Boletim e o que mais vi? Perguntam vocês. Vi estradas. É verdade, parece que até àquela data, Tomar era o quinto Município do Distrito com maior rede viária. Provavelmente agora estamos em primeiro.
Falava também da magnífica Rotunda Cibernética, que é de referir que a empresa encarregada pela sua construção possuía grande experiência, colocando-se naquele ano entre 10 maiores multinacionais da engenharia hidráulica, o que dava garantias da sua qualidade técnica.
Constatei também que naquele ano, aliás no ano anterior, em 1999, Tomar bateu o recorde de visitas ao Convento de Cristo e que o Parque Municipal de Campismo recebeu quase 10.000 campistas.
Soube ainda que, a partir de 1998, a Câmara iniciou uma nova política de abertura ao público de alguns monumentos da cidade e que passo a citar: N.ª Sr.ª da Conceição (actualmente fechada e ao abandono), Capela de S. Gregório, Igreja de Santa Maria do Olival (com obras na sua redondeza), Igreja de S. João Baptista, Sinagoga e Museu dos Fósforos.
Ano 2000. Terá sido o início do fim? Talvez não, há que continuar a acreditar!
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