Nome comum: Abelharuco
Nome científico: Merops apiaster
Nome em inglês: European bee-eater
Ocorrem diversas colónias de abelharucos em várias zonas do concelho de Tomar.
A profusão de cores do abelharuco, bastante invulgar entre as aves portuguesas, dá um toque de exotismo à avifauna de Portugal.
É uma ave inconfundível. Ave terrestre de tamanho médio, ricamente colorida. Os aspectos mais característicos são a garganta amarela, o peito e o ventre azulados, o dorso vermelho e a máscara preta. A cauda é comprida, com as duas penas centrais a destacarem-se das restantes.
É uma ave amada pelas suas belas cores, detestada pelos seus hábitos alimentares, o Abelharuco é uma das mais fascinantes aves da nossa fauna. Migradora, surge na Primavera para nidificar, colonialmente, em buracos escavados em taludes. Esta ave gosta de áreas quentes e terrenos pouco arborizados. Em Portugal está ausente de quase todo o Litoral Centro e Norte.
Alimenta-se de insetos, muitas vezes abelhas, o que lhe valeu o seu nome comum e o ódio dos apicultores.
Na maior parte das vezes alimenta-se de insectos que captura durante o voo. As suas presas predilectas são as abelhas, vespas e, de vez em quando, coleópteros e libélulas.
Durante a época de nidificação os abelharucos têm que capturar diariamente insectos cuja massa seja equivalente à de 225 abelhas.
Os abelharucos passam o Inverno em África, a sul do deserto do Saara.
Estas coloridas aves, tal como as cegonhas, têm duas rotas principais de migração.
As aves que do sudoeste europeu atravessam o Estreito de Gibraltar e deslocam-se para sul atravessando o Saara, até à parte Oeste de África. As aves que ocorrem nos países da zona Este da Europa deslocam-se para África via Israel. Quando as crias nascem os abelharucos chegam a formar grupos com mais de 120 indivíduos. Mais tarde separam-se em grupos mais pequenos. As aves deparam-se com muitos obstáculos e perigos na sua viagem de migração, muitos dos quais com origem na actuação humana. Há países em que os abelharucos são mortos por apicultores que os vêm como pragas que afectam o seu negócio. Os cientistas estimam que em cada 3 aves que deixa a Europa no Outono apenas 1 regressará na Primavera.
Fontes:
www.springalive.net/
www.avesdeportugal
www.barrento.com/
Imagens: Luís Ribeiro