É geral o sentimento de insatisfação pela política e pelos políticos quer em Tomar, quer em Portugal actualmente. De salientar que não é para menos devido à forma como os eleitos nos governam, prometendo meios e fundos primeiro, mentindo-nos descaradamente depois. Mas há algo que muitos de nós ainda não viu. É que nós somos também responsáveis pela nossa insatisfação. Estamos fartos do sistema actual político, fartos dos nossos governantes, mas daí não passamos. Criticamos, dizemos que está mal e ofendemos mas daí não saímos.
Há que começarmos a ter uma postura de atitude, pró-activa e após criticarmos, encontrarmos uma solução/resolução daquilo que acabámos de criticar. Por vezes, por mais descabida que nos pareça essa solução dizendo-a abertamente, poderá, junto de outros intervenientes, tornar-se na SOLUÇÃO para ultrapassar este grave problema, que de certa forma foi também criado por nós.
Há que intervir, fazer! Criticar só pelo gozo de criticar não chega, sendo este um dos nossos principais defeitos/problemas. Há que ouvir e saber ouvir, há que tentar perceber o próximos e tentar dar-nos a perceber, há também que existir união/cooperação, mesmo que nossos ideais sejam divergentes. Há então que existir um mínimo de empatia e de tolerância.
Tomar está mal, são sempre os mesmos a governarem-nos, mudando apenas algumas faces. Todos são criticados, ofendidos e os “maus da fita”, mas a responsabilidade de serem eles os nossos governantes é nossa! Nossa porque votámos neles ou nossa porque nos abstivemos não indo às urnas votar. Ora assim está claro que serão sempre os mesmos, logo não existem mudanças. É imprescindível que a maioria vote, que se dirija às urnas exercer o seu direito de voto que tanto custou a ser conquistado num passado recente.
Mas votamos porquê? É mais do mesmo! Não, se a nossa mentalidade mudar não é mais do mesmo. Existem outros candidatos a governarem-nos, são é “abafados”, por isso apenas conhecemos os do costume devido à carga que a comunicação social nos dá e até dos próprios partidos. Penso que nos deveríamos, e aqui sim, abstermo-nos da propaganda em massa dos famosos “mais do mesmo” e informarmo-nos e conhecermos outros candidatos e os seus programas, pois alguns deles não nos mostram aquela lengalenga habitual de promessas falsas. Mas ainda assim, mesmo que não queiramos votar em nenhum deles por alguma razão, temos a opção de votar em branco, que aí sim, demonstra muito mais insatisfação e tem muito mais impacto do que a abstenção, onde esta última nos leva exactamente para onde estamos.
Para finalizar esta minha insatisfação, deixo aqui uma modesta opinião que poderá, ou não, ser útil no futuro.
Porque não criar pequenos grupos por zona, por família ou por amigos, existindo um porta-voz/representante da nossa maior confiança para se debater o que está mal e consequentemente encontrar soluções? Partindo daqui, o nosso representante seguiria para uma associação/junta de freguesia onde se sentaria à mesa conjuntamente com outros representantes de zona e comitiva da associação/junta, apresentado e debatendo as ideias uns dos outros. Daí resultaria uma ida dos representantes das associações/juntas à autarquia onde apresentaria o resultado do debate de todos os grupos criados inicialmente. Esta ideia até poderá ser meio descabida, mas debatida, bem fundamentada e bem organizada será que não resultaria?
Lembrem-se: Nós somos o POVO. Unidos temos o poder de mudar Tomar e Portugal. Reparem bem: Porque será que a Festa dos Tabuleiros resulta tão bem? Porque existe união entre todos os tomarenses por uma causa. Simples, não é? Então porque não se unirem por uma causa maior? Tal como o nosso bem-estar, a nossa saúde, a nossa educação, cultura, etc…
Já pensou para pensar que poderão ser “os do costume” que não nos querem unidos? Penso que vale a pena pensar nisto para acabarmos com a nossa insatisfação.
Um bem-haja a todos!
Publicado no Jornal "Cidade de Tomar" edição nº4071 de 14 julho 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toda a informação aqui!