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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Grasnada de Rio (I)

O "Tomar, a Cidade" dá hoje início a uma nova rubrica que tem como objectivo abordar alguns casos quentes que acontecem ao longo da semana relativos à urbe tomarense, onde para isso conta com o apoio de dois ilustres patos tomarenses, Simões Pato (SP) e Costa Pato (CP), sempre atentos à actualidade nabantina.

Simões Pato e Costa Pato
SP – Camarada Costa, grandes acontecimentos se têm assistido na nossa pacata terriola. Mas estranho uma coisa, ora veja, primeiro foram os nossos conterrâneos humanos que se manifestaram contra a reorganização do CHMT e consequentes retiradas de valências do nosso hospital, depois foi a nossa vez de mostrar o nosso apoio, depois ainda a da comunidade dos pombos tomarenses, mas quanto à comunidade de peixes nabantinos têm estado muito silenciosos.

CP – Amigo Simões, eles têm andado um pouco em baixo, meio adoentados, mas parece que foi descoberta a causa. Apareceram toneladas de lixo tóxico à beira do Nabão, na antiga fábrica de Porto Cavaleiros, o Grupo Áqua, liderado por Américo Costa, sempre em defesa dos nossos interesses já denunciou o caso às autoridades competentes e até a TVI veio cá!

SP – Oh Diabo! Isso não é nada bom, nem para nós! Já agendaram alguma manifestação para a retirada desse lixo tóxico?

CP – Ainda não ouvi nada a respeito disso, mas sei que está já agendada uma manifestação em frente ao hospital de Tomar para dia 14 de Fevereiro às oito da manhã, há pessoas que querem fechar as portas do hospital para não deixarem levar camas e tudo!

SP – Isso é que era! Também era interessante que no dia cidade se fizesse algo, tal como disse o nosso vereador Luís Ferreira na reunião de câmara. Poderíamos vestir-nos todos de preto, colocar uma faixa preta no nosso fundador, Gualdim Pais e fazer uma vigilância pelas ruas da cidade de velas acesas.

CP – Oh Simões, também estás maluquinho? Não ouviste o que o nosso presidente Carrão disse? Não se devem misturar esses assuntos com comemorações tão simbólicas de Tomar.

SP – Ora porque não? Seria uma forma de comemoração diferente, mas que acredito que iria unir todos os tomarenses em defesa de uma causa, a sobrevivência do nosso concelho. Poderiam juntar-se as associações, os ranchos e bandas do nosso concelho na Praça da República, também eles unidos pela mesma causa, actuando solidariamente por todas as comunidades tomarenses.

CP – Não sei… Se vierem até aqui ao rio e nos atirarem uns pãezitos, também sou capaz de fazer uma vigília pelo rio Nabão abaixo e acima.

SP – Epá, já pareces os pombos tomarenses! Só com alguma coisa em troca mexes as patas e as asas!

CP – Hoje em dia tudo tem um valor. Tenho aprendido com os humanos e até me tenho saído bem. Ora repara, aquela primeira manifestação no sábado à noite em frente ao hospital, foi a única em que de facto compareceram muitos humanos, porque nas outras ficou muito aquém das expectativas. Se os autarcas tomarenses atirassem algo de interesse das janelas do edifício dos Paços do Concelho para a Praça, irias ver a afluência de população!

Publicado no jornal "Cidade de Tomar" edição nº 4001 de 10 Fevereiro de 2012

SP – Será que uns rebuçaditos chegariam?

CP – Sim, sim! Desde que oferecidos compareciam de certeza! Olha, está a chegar a senhora de chapéu com um saco de pão. Vou andando para tentar ficar na primeira fila. Quac! Quac!

SP – Quac! Mais devagar! Também quero! Quac!

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